Eu tenho muitas palavras.
Eu tenho todas as palavras.
Eu tenho muitas idéias incubadas.
Eu tenho o mundo para mudar.
Eu tenho que desmistificar céu e inferno
em uns poucos versos.
Então,
Eu escolho o tema
e, friamente, o desenvolvo
à canetadas furiosas pauta abaixo.
Eu sofro a falta de rimas.
Eu choro a falta de métricas.
Eu me constranjo pelo excesso de clichês.
Por fim,
em caixa alta, bold e sublinhado
o que aparece na poesia
é uma descrição
torta
e por vezes duvidosa
de mim.
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